Eu sou apaixonada pelo original "O Principezinho". Foi-me oferecido em criança e quando o li a primeira vez não gostei. Achei o livro chato e não entendi o porquê de a minha Mãe mo ter oferecido.
Mais tarde na adolescência li, gostei mais um pouco mas novamente não entendi o impacto que este livro tinha no mundo.
Mais tarde já no início da minha vida adulta apaixonei-me pelo livro, pelo conceito de vida que ele expressa, pela escrita simples e agradável que nos confronta com verdades dos adultos, mostrando-nos que isto das "VERDADES" é algo instituído e muito mais relativo do que estamos habituados a pensar. Este é na minha opinião um livro de adultos pesado na sua simplicidade.
Desde o momento em que verdadeiramente compreendi o livro procurei informação acerca do autor e senti uma consternação profunda pelo tipo de morte que teve ainda jovem. Quando os autores são muito bons morrem sempre demasiado cedo, porque a obra que deixam não é mesmo o suficiente.
Olhei para "O Regresso do Jovem Príncipe" com um misto de curiosidade, ansiedade em ler e medo da desilusão.
Devo dizer que no final não me desiludi. Tendo sido escrito por outro autor - A.G.Roemmers - penso que conseguiu capturar no livro a essência da continuação do primeiro. Este livro alia a mesma simplicidade de escrita a uma visão positiva da vida que muitas vezes nos faz falta. A minha frase preferida encontra-se abaixo exposta, sendo que o é unicamente porque me revejo nela no momento da vida em que me encontro agora:
Dar graças pelas Dificuldade? (...)
- Sim porque nos permitem crescer e ascender ao longo do caminho da perfeição. Se os obstáculos na nossa vida forem encaixados sob esta Luz favorável, perderemos menos tempo a queixar-nos deles e levaremos uma vida mais preenchida."
Esta é apenas um dos ensinamentos, dos quais o livro está recheado. Em cada página existe um apelo a nós mesmos para melhorarmos, para nos ligarmos aos outros seres humanos, para fazermos mais e melhor e para pouparmos energia nas lutas internas para as quais não temos solução e que muitas vezes nos são impostas por princípios em que nós mesmos não acreditamos.
É um livro que certamente merece ser lido e relido...