O Homem de Constantinopla é um livro mais de relato histórico que de suspense. Conta-nos a história de Kaloust, desde a infância até que é adulto Pai de família e se encontra a morrer num hotel em Lisboa.
O livro é metade da história.
Gostei particularmente da história pelo interesse particular que tenho pelo empreendedorismo e ideias de negócio e por ver de que forma a personalidade de Kaloust é retratada no sentido do investimento no negócio em si mesmo e na procura da riqueza.
O livro retrata uma pessoa fria, com amor à arte e à beleza mas com pouco amor às pessoas que fazem parte da sua vida.
A arte afasta os homens da sua natureza biológica animal, eleva-o e o amor o mais sublime dos sentimentos é comum às espécies animais. É um livro que sem grandes pretensões disso nos leva a reflectir sobre as nossas próprias convicções nestes temas e sobre a cultura de então.
É também um livro que retrata a mulher numa posição muito submissa em relação ao homem, penso que fruto da cultura do protagonista e de épocas não tão remotas em que as mulheres pouca intervenção e poder teriam, por muito ricas que fossem.