Domingo, 11 de Novembro de 2012

 

 

Este livro escrito por um psicanalista faz-nos entrar num mundo em que o amor romântico se torna  uma relação connosco mesmos como forma de chegar ao outro - O ser amado.

É interessante ver como um livro escrito por alguém da área médica tem uma abordagem tão espirítual e ainda que em alguns pontos explicite pontos cientificamente defendidos pela psicanálise, este é sobretudo livro de opinião de alguém que tratou de perto todas estas questões com inúmeros casais.

 

Pessoalmente gostei muito do livro, sobretudo da perspectiva de que o amor implica trabalho, que é uma forma de honestidade connosco mesmos e com o outro, mas que dá sentido à nossa caminhada na terra. Uma outra ideia a realçar é o facto de que paixão, enamoramento e amor são coisas inteiramente diferentes, ao contrário do que o mundo em que vivemos nos empurra a acreditar.

 

Os escritores românticos defendem que romantismo é o "morrer de amor" (no seu sentido literal), ao contrário da nossa definição de romantismo excessivamente formatada pelo formato comercial do mesmo que nos é apresentado. Recomendo a leitura do livro, pois ainda que não concorde com tudo o que o autor escreveu, acredito que em alguns pontos certamente nos ajudará a ver o amor de uma forma mais profunda e humana.

 

 

 

 

Dedico este post ao meu amor...



publicado por Eva Sousa às 18:48
Sábado, 10 de Novembro de 2012

 

 

 

 

 

 

 

Eu sou apaixonada pelo original "O Principezinho". Foi-me oferecido em criança e quando o li a primeira vez não gostei. Achei o livro chato e não entendi o porquê de a minha Mãe mo ter oferecido.

Mais tarde na adolescência li, gostei mais um pouco mas novamente não entendi o impacto que este livro tinha no mundo.

Mais tarde já no início da minha vida adulta apaixonei-me pelo livro, pelo conceito de vida que ele expressa, pela escrita simples e agradável que nos confronta com verdades dos adultos, mostrando-nos que isto das "VERDADES" é algo instituído e muito mais relativo do que estamos habituados a pensar. Este é na minha opinião um livro de adultos pesado na sua simplicidade.

 Desde o  momento em que verdadeiramente compreendi o livro procurei informação acerca do autor e senti uma consternação profunda pelo tipo de morte que teve ainda jovem. Quando os autores são muito bons morrem sempre demasiado cedo, porque a obra que deixam não é mesmo o suficiente.

Olhei para "O Regresso do Jovem Príncipe" com um misto de curiosidade, ansiedade em ler e medo da desilusão.

Devo dizer que no final não me desiludi. Tendo sido escrito por outro autor  - A.G.Roemmers - penso que conseguiu capturar no livro a essência da continuação do primeiro. Este livro alia a mesma simplicidade de escrita a uma visão positiva da vida que muitas vezes nos faz falta. A minha frase preferida encontra-se abaixo exposta, sendo que o é unicamente porque me revejo nela no momento da vida em que me encontro agora:

 

Dar graças pelas Dificuldade? (...)

- Sim porque nos permitem crescer e ascender ao longo do caminho da perfeição. Se os obstáculos na nossa vida forem encaixados sob esta Luz favorável, perderemos menos tempo a queixar-nos deles e levaremos uma vida mais preenchida."

Esta é apenas um dos ensinamentos, dos quais o livro está recheado. Em cada página existe um apelo a nós mesmos para melhorarmos, para nos ligarmos aos outros seres humanos, para fazermos mais e melhor e para pouparmos energia nas lutas internas para as quais não temos solução e que muitas vezes nos são impostas por princípios em que nós mesmos não acreditamos.

 

É um livro que certamente merece ser lido e relido...

 



publicado por Eva Sousa às 14:11
Sexta-feira, 09 de Novembro de 2012

"Olhou-a de frente, com os cinco sentidos, para fitá-la na sua memória como era naquele momento: parecia um ídolo dos rios, impávida no seu vestido negro, com os olhos de serpente e a rosa na orelha" pg. 22

 

"Não choraria uma lágrima, não desperdiçaria o resto dos seus anos a cozer-se em lume brando no caldo das larvas da memória" pg, 24

 

Tudo, neste livro, é tão apaixonante que não sei bem por onde começar…

A escrita de Gabriel Garcia Márquez é extraordinária: ele constrói frases, cenários e situações que fizeram-me ficar literalmente de boca aberta. Não importa qual seja a situação descrita - beleza, miséria, ódio, obsessão, amor, doença, velhice - ele fá-lo de uma maneira que sentimo-nos dentro da acção.  Houve momentos em que quase podia sentir o sofrimento de Florentino Ariza e a constante frustração de Fermina Daza.

É um livro que fala de muitas coisas. A acção central é a história de amor e de uma vida inteira entre Florentino Ariza e Fermina Daza; mas pode-se falar de muitas outras questões e, todas elas, relevantes. O amor filial, a obsessão, a velhice, o papel da mulher na sociedade, o casamento, a ausência, a morte, a velhice. A velhice é uma questão subtil, mas constantemente presente, nesta obra: Florentino Ariza que sempre teve o aspecto físico e forma de vestir envelhecida e a forma como a velhice é tratada na obra (é o caso da mãe de Florentino). Eu gosto deste aspecto, da velhice. Este é, geralmente um tema relegado ao segundo plano e Gabriel Garcia Márquez expõe com muita verdade e franca.

O passado e o presente  entrecruzam-se no relato: ora ouvimos a voz de Florentino, ora enxergamos com o olhar de Fermina. Isto permite-nos absorver a complexidade desta história e compreendermos todas as dimensões de um mesmo episódio. O passado e o presente entrecruzam-se  e constroem um futuro inesperado.

Em "Amor nos tempos de cólera" os personagens que mostram-se tão pouco virtuosos, tão carregados de defeitos e vícios encaixam na perfeição no coração de quem os lê porque reconhecemo-nos em muitas das suas dores, angústias, mágoas e decisões. 



publicado por a dona do chá às 21:31
Sexta-feira, 09 de Novembro de 2012

Enredo: Este livro conta o percurso do marinheiro Guma, que cresceu num cais da Bahia e dedicou a sua vida a navegar um saveiro . Fala também do amor deste homem do mar - Guma -  por uma mulher da terra - Lívia.  Mas todas as suas acções e peripécias giram ao redor do seu primeiro grande amor: o  mar. Nele nasceu e nele morreu.

 

Opinião: Ler este livro foi como sentir constantemente o cheiro a maresia. Parece que visualizamos o mar calmo, o mar bravio, o mar exigente, o mar iluminado por estrelas, o mar aquecido pelo sol, o mar pontilhado de saveiros. Parece que navegamos juntos com Guma. Quando se fala deste livro diz-se sempre que o personagem principal é Guma, mas eu diria que o personagem principal é o Mar. Ele é quem manda no destino de todos os personagens. Ele é o Personagem.

Pelo  meio há a história de amor entre Guma e Lívia, que é sempre descrito com uma beleza muito simples mas intensa. Pelo meio também há todas as dificuldades e desgraças que acontecem aos homens que vivem do mar.

Devo dizer-vos, eu esperava não gostar deste livro. Principalmente porque tem uma forte carga de misticismo algo que não aprecio. Porém, isto acaba por ser um detalhe. Acabei por me emocionar um Guma com carácter e, ao mesmo tempo, tão humanamente fraco. Dei por mim solidário com uma Lívia que apenas queria viver uma vida normal com a sua família. Dei por mim a sofrer com todos os marinheiros pobres que não tinham como ganhar dinheiro e com as mulheres que ficavam viúvas e desamparadas. Dei por mim a sorrir com a sabedoria do Velho Francisco. Dei por mim a amar e a lamentar o Mar generoso e impiedoso. Dei por mim a sentir o sabor a sal do mar e cheio volumosamente estrelado a guiar meus pés.

Foi o primeiro livro que li de Jorge Amado. Devo dizer que achei a sua escrita extraordinária. Ele tem uma forma de descrever cenários e sensações que nos transportam para dentro da acção. Fiquei surpreendida e satisfeita por ter lido este livro.

Recomendo.



publicado por a dona do chá às 21:26
O que nos move é a Paixão de Ler. Este blogue será dedicado às nossas leituras. É um espaço aberto para esgrimir opiniões sobre aqueles que são os nossos melhores amigos na solidão - Os Livros.
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