Quinta-feira, 05 de Março de 2015

 

Este romance passa-se numa Londres do pós - Guerra na louca década de 50, num mundo ainda marcado pela II Grande Guerra e onde verdadeiramente surgiu uma adolescência leve de muitas preocupações, em que as raparigas podiam de facto concentrar-se em bailes, rapazes, roupas e nas coisas que fazem uma rapariga adolescente ser isso mesmo.

Esta história retrata também a alta sociedade britânica da altura e a influência e pensamentos acerca da cultura americana, sendo estes em simultâneo amedrontados e fascinados por estas.

Esta história conta com uma heroína a Penélope, descendente de uma família importante que reside numa enorme, decadente, histórica  e antiga mansão inglesa com a família – A Magna. A mãe muito jovem é viúva, pois o pai morreu na guerra, Penélope tem ainda um irmão lindíssimo que aspira vir a ser estrela Pop, este tem o invulgar nome de Inigo.

Penélope conhece Charlotte, uma rapariga original, e confiante e instantaneamente ficam amigas, abrindo lhe esta as portas para conhecer personagens tão interessantes como a Tia Clare e o estranho Harry.

Esta é a história engraçada de como nas vidas, coisas boas podem na realidade ser opressoras e de como a libertação vem donde menos se espera. É também a História de segredos e coincidências, num mundo que se prova ser muitas vezes “do tamanha de uma ervilha”, esta é uma história de ficção que poderia muito bem ter sido real.

 

 

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publicado por Eva Sousa às 19:50
Domingo, 25 de Janeiro de 2015

 

Este livro é todo ele uma carta de amor a uma amante desaparecida. É um suceder-se de histórias, em estilo atropelado, de um homem que teve na amante o grande amor. Não soube como fugir.

Então toda a história é uma fuga da dor, da vida que levava em Lisboa, sendo ele um médico espanhol, tinha mulher e filhos, mas desses sabemos muito poucos. Sabemos que da mante foi algo que antecipou mas ainda assim caiu. Outro amor morto pelo meio, um crime, agitação. Todo o livro é uma fuga, rumo à Abissínia, essa terra de outros nomes.

É interessante, na força, na cadência da escrita, no grafismo das histórias.

Todas as grandes histórias de amor se fazem de mensagens incompletas...

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publicado por Eva Sousa às 14:33
Sábado, 27 de Dezembro de 2014

   Einstein para despistados é um livro com frases célebres de Albert Einstein e com ensinamentos que se podem extrair das mesmasNo global achei o livro interessante.

   O ponto forte do livro são sobretudo as frases famosas, em que ressalta o espírito humano, prático humilde e humanista de Einstein.

  Quanto à análise das frases, é muito do estilo ensinamentos New Age, que em minha opinião muitas vezes contradizem o sentido original da frase célebre.

 

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publicado por Eva Sousa às 20:11
Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2014

Como tornar-se um doente mental é um livro de extrema lucidez.

Ao longo do livro são apresentados sintomas e contextos clínicos para identificação com as várias doenças mentais, sempre com uma nota irónica de comportamentos, hábitos e rotinas que podem potenciar essas patologias.

É sem dúvida um livro divertido para ser lido por pessoas dentro e fora do campo da saúde.

No final uma nota muito despretensiosa sobre o que se pode fazer para evitar o “ser-se doente mental”.

 Como resumo do livro: o equilíbrio, respeito pela privacidade e individualidade e a manutenção de rotinas saudáveis de sono, alimentação e convívio com os outros e nós mesmos são pontos-chave na saúde mental.

De realçar a importância da manutenção de fantasias e pensamentos só nossos, bem como a fuga do perfecionismo, aparentemente é o essencial para se ser saudável a nível mental.

 

 

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publicado por Eva Sousa às 17:57
Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2014

Este livro é um livro sobre o limbo, a transição da vida para a morte e nos pós morte, que parece vida.

A história assenta numa epidemia que se espalha através da coca-cola e que extermina a população mundial, restando só Laura, uma trabalhadora da Coca-cola que se encontra retida na Antártida numa expedição.

Neste limbo entre a vida e a morte encontram-se todas as pessoas de que Laura se recorda, é uma cidade de transição.

 

Aparentemente enquanto somos lembrados existimos.

 

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publicado por Eva Sousa às 18:58
Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014

Diz Graham Green no inicio do Fim da Aventura que um livro não tem principio nem fim. Segundo ele, o escritor escolhe o momento para começar a narrar e aí anda para a frente ou para trás. A escolha do momento para o inicio deste livro não terá sido aleatório. Quando começamos a ler vemos Meggie Cleary, a personagem principal, feliz com a boneca que lhe oferecem pelo seu aniversário. Rapidamente a sua felicidade é destruída pelos irmãos, mais velhos do que ela, quando começam atirar a boneca ao chão, puxam o cabelo e fazem outras tropelias que a deixam em estado lastimável.

Para mim, esta cena serve para mostrar ao leitor que Meggie é uma criatura frágil e solitária, que vive rodeada por irmãos, que embora gostem muito dela não são companheiros de brincadeiras. Meggie, por ser mulher e a única filha é a excluida da familia. Nascida em princípios do séc. XX, Meggie estará para sempre separada dos irmãos por causa do seu sexo.

Tudo isto é percebido por Ralph de Bricassart, o padre da paroquia à qual pertence Drogheda. Este é o nome de uma importante fazenda na Austrália, propriedade da irmã do pai de Meggie. A familia Cleary muda-se de armas de bagagens para lá a pedido da tia de Meggie, Mary Carson, que sendo rica e sem filhos pensa em deixar tudo ao irmão.

Entre Meggie e Ralph nasce uma amizade, apesar da grande diferença de idades, que mais tarde se tornará em amor.

Pássaros Feridos é um dos melhores livros que li. Muitos livros dão-nos apenas protagonistas complexos, Collen McCullough teve o cuidado de nos dar também uma historia que fascina a cada capitulo e que nunca aborrece, mesmo quando fala nas tosquia das ovelhas.

O livro começa quando Meggie é ainda uma criança e termina quando ela é já uma mulher de meia-idade. Pelo caminho conhecemos outras personagens que nos dão tanto como Meggie em termos de historia.

Muitas vezes aconselho pessoas a ler livros, muitas vezes penso que se não lerem não virá grande mal ao mundo, mas neste caso estarão a perder um grande livro.

 



publicado por Vera às 15:54
Quarta-feira, 08 de Outubro de 2014

A cabana do Pai Tomás é uma comovente história semificional, que retrata o tempo da escravatura nos Estados Unidos da América. Mostra-nos as mentalidades dos defensores e de quem era contra a escravatura.

Retrata o tipo de atrocidades e atentados contra a condição humana que se faziam e que em alguns locais existem ainda nos dias de hoje.

Mostra-nos como a condição humana é em simultâneo elevada e desprezível, como pertencemos à espécie mais cruel. Só a consciência do mal cria o mal em si e este é um livro que nos obriga a reflectir sobre o que de mais elementar nos torna humanos. A cor da pele, que em determinada altura para os esclavagistas era um significado de desumanidade, conseguindo muitos indivíduos ser humanos elevados sofrendo condições desumanas, e pelo contrário a lei dizia humanos, pessoas que eram muito pouco conscientes e boas, muito pouco capazes de sentimentos elevados.

Em última instância somos o melhor e o pior da nossa espécie e em cada um de nós existe um pouco do mais baixo e do mais elevado.

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publicado por Eva Sousa às 11:36
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2014

O Homem de Constantinopla é um livro mais de relato histórico que de suspense. Conta-nos a história de Kaloust, desde a infância até que é adulto Pai de família e se encontra a morrer num hotel em Lisboa.

O livro é metade da história.

Gostei particularmente da história pelo interesse particular que tenho pelo empreendedorismo e ideias de negócio e por ver de que forma a personalidade de Kaloust é retratada no sentido do investimento no negócio em si mesmo e na procura da riqueza.

O livro retrata uma pessoa fria, com amor à arte e à beleza mas com pouco amor às pessoas que fazem parte da sua vida.

A arte afasta os homens da sua natureza biológica animal, eleva-o e o amor o mais sublime dos sentimentos é comum às espécies animais. É um livro que sem grandes pretensões disso nos leva a reflectir sobre as nossas próprias convicções nestes temas e sobre a cultura de então.

 É também um livro que retrata  a mulher numa posição muito submissa em relação ao homem, penso que fruto da cultura do protagonista e de épocas não tão remotas em que as mulheres pouca intervenção e poder  teriam, por muito ricas que fossem.

 



publicado por Eva Sousa às 16:39

 

 

 

O livro do Amanhã é a história da vida de Tamara.

É um livro mais juvenil que a maioria dos livros da autora e é muitíssimo inspirado na História de Jane eyre.

 

Aqui também há alguém fechado do mundo que ninguém sabe, há segredos, há paixões fulminantes e incêndios. Embora seja uma história divertida não me parece que o final seja o mais indicado para o início da história e todo o livro é um pouco estranho.

Parece-me uma história forçada para ser interessante.

 

Ainda que a base do livro seja genial - um diário que mostra o que será o dia seguinte. Os ingredientes duma boa história estão misturados de forma não tão bem sucedida como a autora me habituou.

 

É difícil um autor ser muito bom em todas as suas criações, a cecelia consegue muitas vezes um sucesso nas histórias, mas este não deve ser certamente o lívro tido como a imagem de marca da autora, fica muito aquém do que consegue.

 

 



publicado por Eva Sousa às 16:06
Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014

"A Melodia do Adeus" é a história dramática dum homem que tenta fazer as pazes e aproximar-se dos seus filhos antes de morrer de cancro gástrico. Só se saberá no final do livro que está a morrer.

Os seus dois filhos passam com ele um Verão em que crescem, em que têm um tempo e espaço para se aproximar dum Pai que nos últimos trêes anos desde a separação esteve muito distante. Têm a oportunidade de conhecer um Pai que tinham esquecido.

Na história há muitos pontos secundários, o divórcio dos Pais, a música como veículo de paz e comunicação, o fogo como elemento de destruição e rebeldia, a conversação pessoal com Deus, a atitude adolescente, o primeiro amor...

Apesar de habitualmente não ser o meu estilo literário de preferência, entendo esta história como uma narrativa comovente ao limite.

 



publicado por Eva Sousa às 10:36
O que nos move é a Paixão de Ler. Este blogue será dedicado às nossas leituras. É um espaço aberto para esgrimir opiniões sobre aqueles que são os nossos melhores amigos na solidão - Os Livros.
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